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Divertida(mente)

Divertida é a mente Divertidamente A mente que mente  Uma mente sem limites Enquadrada em sofrer Sem quadrinhos, figurinhas ou o que der pra ter Sem carinho, sem amor, sem jeitinho Sem um "Alô" Divertidamente confusa E como é que se usa a cabeça assim? O coração já até se cala, porque nessa escalada é só mais um Deixada de lado, um jeito amarrado, sem pulos ou trampolim pra subir Sozinha de novo, tentando algo novo Que ninguém sonhava em ouvir Divertida e sem graça Qual a graça de ser mais uma? Mais um dia, um mês, um ano E lá já se foram 25 anos de uma vida jovem e a outra já adulta Pensada, amassada, jogada fora, resgatada, amarrada, humilhada, assediada e colocada a prova  O ferro é quente e marca um pouco funda Mas com o tempo, não é só a cicatriz que se afunda. 

Devastada

Eu realmente nem sempre me acho ótima  Penso que superei você  Mas toda vez que vejo o seu nome  Lembro do seu sorriso  O meu coração acelera, falta um ar  Talvez eu esteja me enganando Sofrendo ou aos prantos Com um amor que não é meu Espero que tudo mude Que eu seja uma nova pessoa E quem sabe  Eu me mude Mas a mala vai comigo, sem ombro amigo ou namorado Apenas ficarei devastada. 

Eu não sei

Estou me perdendo de novo E de novo E de novo São surtos, paranoias e o que tiver de ruim para se imaginar Eu não sou eu E toda vez que sento e me vejo Eu choro Por não me reconhecer mais Não estou mais aqui por mim E como é triste pensar assim Pensar dói  Lamento, mas eu tento todos os dias e tem dias que eu mesmo não querendo Eu tento Não me deixar perder Mas sempre me perco e quando me acho... Eu fico sentada lá, me observando perder tudo o que tenho

Está aqui

E de novo e de novo e de novo Eu sinto o vazio transbordando Me engolindo devagar enquanto eu tento  Não me matar Mas eu ja estou morta por dentro tentando não me deixar sair  Eu queria alguns comigo  Aqui Queria ter algo que está distante do meu ser Ser mais que eu sou Ter e dar um pouco mais Mas acho que sempre esteve aqui O vazio sempre esteve eu so deixei ele de lado Mas agora ele é maior que eu  E sei que está lá Me incomodando, se alimentando  Até eu surtar e desistir de ser

E se alguém me visse?

Com certeza, alguma incerteza está certa Coração na mão ou na coberta Quentinho e sozinho E se me olhassem nos olhos veriam E se me vissem direito veriam Se parassem de procurar o que não existe em mim Veriam Que eu não sou as expectativas que você criou Que não sou o retrato dos meus pais Que eu tento  Todos os dias Alguns são ruins e outros  Raramente São bons Mas se vissem, do que adiantaria? Ninguém se importa com o umbigo do próximo A dor é sentida mas nunca conseguimos compartilhar a sensação  A dor é minha e eu não sei de onde ela vem Mas vem do fundo do poço, com certeza é do fundo de algo A dor é vazio E sentir o vazio é pior que qualquer dor O vazio não tem dor Prefiro sentir dor do que ao vazio. 

Se você

Se você olhar nos meus olhos Talvez enxergue a maior parte de ser eu Não amada ou compreendida Sem um lar? Talvez Com problemas sérios de se importar muito Não me amo e algum dia eu tenha que conviver com essa verdade Que dá vontade de me rasgar e voar Um dia Vou ir embora e talvez eu volte Para aprender a me amar novamente

A questão

Eu descobri Que eu não me amo Que eu sou apenas a vivência Eu não gosto de ontem estou Eu não gosto de me sentir presa Eu estou aqui, mas não queria estar Eu estou viva, mas creio que tinha algo maior lá fora E eu estava feliz por lá O meu amor é incompleto E eu julgo os que me falam a verdade Porque eu acho que estão me enganando Que eu não mereço o amor deles Eu quero mais Mais Do tipo que eu me mato pelo outro e ninguém se mata por mim.  O que esperar dessa descoberta?  Apenas dor.